quarta-feira, 25 de novembro de 2009

quarta

Romance do Conquistador - O que esperar da Cia Paraibana de Comédia? Nada além do que eles vem propondo sempre, um teatro de escracho, um humorzão rasgado. É isso que eles vendem e quem compra não pode reclamar de ter o produto enganado... Receberam o prêmio Myriam Muniz, da Funarte, montaram um texto de nossa primeira dama do teatro, dona Lourdes e fizeram tudo em casa, com o elenco com o qual já fazia os pastoris profanos e foi dirigido por Edilson Alves, encenador da companhia... Teatro popular, colorido, mambembe... e faltando ainda um entrosamento já característico do grupo que, individualmente, sabe o que render em termos de comédia.

A farsa do poder - Tava lembrando hoje de grupos musicais que surgem para um projeto e se acabam. Exemplo? O Dirt Mac, brincadeira que reuniu John Lennon, Eric Clapton, Keith Richards e Mitch Mitchell, baterista do Hendrix, um time e tanto... Mas, de vida curta. Os fodidário é meio que uma pequena seleção do teatro paraibano. Tem gente da Piollin (Thardelly Lima), do Bigorna (Fabíola Morais, Dudha Moreira), do Coletivo Alfenim (Daniel Porpino)... O melhor de tudo é que os caras estão em cena se divertindo... o ritmo flui, o espetáculo segue... Os desmandos das políticas de Cudimundo, do desvio de verba, das subserviências, são bem presentes, não é à toa que os cacos com a política local fazem tanto sucesso.

Giomar, a filha da mãe - Texto também de dona Lourdes. Direção de Marcos Pinto, que divide a cena com Melânia (tô sem o sobrenome dela agora... depois pego). Acho que o texto era um monólogo, para um ator só. Uma revisão da história do Brasil. Um enfoque especial na entrada dos judeus pelos Nordeste, espécie de obsessão temática de Dona Lourdes... Com músicas, colorido, máscaras... Eu fico me perguntando porque há tanto desses elementos no teatro paraibano? Quais as nossas questões, os nossos problemas, o nosso cotidiano? Eu não vejo muito isso no palco não - ok, to transcendendo a peça do Marcos - mas é que parece que há dois mundos - o do teatro e o real - e um de costas para o outro


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